Campos de cânhamo aumentam na Alemanha à medida que o interesse continua a crescer

Fotografia mostra os topos de três plantas de cânhamo no início da floração, onde a luz do sol incide da direita, e um fundo de área verde embaçado. Imagem: Frank Liebig / Wikimedia Commons.

O cultivo de cânhamo para redução da pegada de carbono significa um modelo de negócios aprimorado para os produtores alemães, diante da expectativa de que o novo governo dê grande ênfase ao cumprimento das metas climáticas nos próximos anos. Informações do HempToday, com tradução Smoke Buddies

O total de campos de cânhamo na Alemanha cresceu 17%, chegando a 6.444 hectares em 2021, enquanto o número de operações de cultivo de cânhamo atingiu 863, um aumento de 20%, de acordo com o Escritório Federal de Agricultura e Alimentos (BLE).

A Baixa Saxônia liderou todos os estados alemães com 173 produtores plantando 1.555 hectares neste ano.

A Alemanha é principalmente uma produtora de grãos de cânhamo, mas a produção local fica atrasada em um mercado consumidor onde a semente de cânhamo se tornou amplamente conhecida como alimento e o óleo de semente de cânhamo como ingrediente em produtos de saúde e beleza. Isso significa que a Alemanha ainda precisa importar sementes de cânhamo para atender à demanda total.

As partes interessadas relatam que muito pouco cânhamo foi cultivado neste ano para o CBD, e a produção de fibra de cânhamo ainda é marginal.

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Bem posicionado

Junto com a expansão da área cultivada e mais participantes na Alemanha, o cânhamo está bem posicionado para desempenhar um papel significativo no esforço do país para cumprir as metas ambientais, disse Nando Knodel, fundador da HempConnect, uma startup com sede em Hamburgo que está desenvolvendo tecnologia de rastreamento de carbono especificamente para o cânhamo industrial.

Com a expectativa de que o novo governo alemão dê grande ênfase ao cumprimento das metas climáticas essenciais nos próximos anos, o cultivo de cânhamo para redução da pegada de carbono, combinado com outros produtos, significa um modelo de negócios aprimorado para os produtores.

“Vemos especificamente uma chance complementar entre o número crescente de hectares para sementes e a utilização do excesso de palha para sumidouros de carbono baseados na natureza, como biocarvão ou material de construção”, disse Knodel.

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Promessa em carbono

Embora os créditos de carbono da agricultura ainda não sejam comercializados no Sistema de Comércio de Emissões (ETS) estabelecido na Europa, as discussões no nível da União Europeia indicam que o ETS acabará por abraçar a agricultura em 2024. Até então, os créditos de carbono agrícolas podem ser vendidos no comércio privado entre entidades individuais.

O cânhamo é um sumidouro de carbono incomparável no campo, e o material vegetal também pode ser integrado em indústrias que não agridem o meio ambiente, observou Knodel, o que significa que tem uma função dupla como uma alavanca em direção à sustentabilidade.

“Este será um grande incentivo para grandes emissores, como grandes empresas de construção, integrarem materiais de cânhamo em seus portfólios e, consequentemente, equilibrar suas emissões”, disse Knodel.

A Alemanha permite o cultivo de variedades de cânhamo industrial registradas na UE desde 1996, com um limite de THC de 0,2%. O BLE registra e é responsável pela conformidade do THC entre os produtores, que também devem ser registrados em seus respectivos estados.

De acordo com as regras alemãs, os produtores devem relatar o início da floração ao BLE, que então testa as amostras no local para determinar o conteúdo de THC. A colheita de campos de cânhamo industrial só pode começar depois que as safras passam pela inspeção do BLE.

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#PraTodosVerem: fotografia mostra os topos de três plantas de cannabis no início da floração, onde a luz do sol incide da direita, e um fundo de área verde embaçado. Imagem: Frank Liebig / Wikimedia Commons.

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