Bolsonaro diz não ser contra o canabidiol para fins medicinais

Fotografia em primeiro plano de Jair Bolsonaro, com um sorriso amarelo e vestindo terno em tons de azul e branco, e um fundo com as cores verde e amarelo.

Em entrevista nesta quinta-feira (16), Bolsonaro falou que não é contra o uso do CBD para tratamentos, mas frisou que foi importante a ação de Antônio Barra Torres no veto ao cultivo de cannabis no país. Com informações do Correio Braziliense

O presidente Jair Bolsonaro terá 23 indicações a fazer até o fim de 2020 em agências reguladoras e promete obedecer a critérios técnicos no preenchimento das vagas. O objetivo é evitar órgãos com um “perfil complicador”, de empecilho ao desenvolvimento. Ele destacou que as agências são “importantes”, “autônomas”, mas não “soberanas”, deixando claro que pautará as escolhas dos nomes por perfis que respeitem não apenas a liberdade econômica, mas, também, a agenda moral, de valores e costumes.

A postura de Bolsonaro ficou clara ao fazer menção à escolha do médico Antônio Barra Torres, contra-almirante da Marinha, para o cargo de direção na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Aprovado em julho do ano passado pelo Senado, ele teve atuação direta na decisão da agência que avalizou, com restrições, a liberação da venda em farmácias de produtos cuja composição tem canabidiol, substância química encontrada na cannabis sativa, a maconha.

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Os medicamentos com canabidiol estão liberados para uso medicinal, porém o cultivo de maconha para fins medicinais, não. A proposta foi arquivada pela Anvisa por três votos a um. Torres foi um dos que votaram favoravelmente pelo arquivamento. Dessa forma, fabricantes que quiserem se inserir no mercado precisarão importar o extrato da planta, o que torna mais caros os produtos comercializados no país. Para Bolsonaro, contudo, é a medida ideal.

O presidente disse que não é contra o tratamento via canabidiol. “Mas não da forma como queriam fazer por lá”, afirmou, em referência à rejeição do cultivo da maconha para fins medicinais. “Então, ele (Torres) ajudou e muito, de modo que o placar final foi três a um contra o que podia ser o plantio de maconha no Brasil”, ressaltou. O perfil na Anvisa é o almejado por ele em outras reguladoras. “Tenho conversado com alguns integrantes da atual agência, está sendo muito boa a conversa, em especial a Anvisa, e, lógico, as 20 e poucas indicações deste ano seguirão o critério técnico”, avisou.

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#PraCegoVer: em destaque, fotografia em primeiro plano de Jair Bolsonaro, com um sorriso amarelo e vestindo terno em tons de azul e branco, e um fundo com as cores verde e amarelo. Foto: Alan Santos.

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