Bem Bolado Brasil & Sbec – Jogando Verde

Empenhada em informar e compartilhar boas ideias, a Bem Bolado Brasil lança um projeto voltado para quem deseja aprender e debater sobre a maconha medicinal e fomenta uma nova parceria. Saiba mais no texto de Nico Cordeiro, a seguir

Informação é o principal diferencial do maconheiro na hora de argumentar sobre qualquer assunto relacionado à cannabis. A verdade sobre a nossa tão amada planta prevalece quando estamos munidos de dados verdadeiros e conscientes. Por isso, a Bem Bolado se aliou à Sbec para esclarecer dúvidas, compartilhar boas ideias e apoiar as causas canábicas da maneira mais assertiva possível.

Então, para chegar em resultado positivo, a gente criou um projeto chamado JOGANDO VERDE. Esse projeto é baseado em estudo e informações relevantes, buscando “jogar o verde pra colher maturidade”, e é voltado para quem deseja aprender e debater sobre a maconha medicinal, seus benefícios e estudos científicos e sociais no Brasil.

Por dentro da parceria Bem Bolado Brasil & Sbec

A Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis (Sbec) é uma associação científica criada em 2018 que reúne estudantes, profissionais da saúde e de outras áreas do conhecimento. A Sbec tem o objetivo de promover, consolidar e expandir a pesquisa científica das diferentes formas de uso da Cannabis sativa e seus derivados.

A Bem Bolado se preocupa em informar e possibilitar que todos os amantes da maconha possam compreender um pouco mais sobre a planta. Com o JOGANDO VERDE buscamos uma maneira mais inteligente e menos preconceituosa de interpretar a cannabis e, assim, superar ideias ultrapassadas sobre os maconheiros. Diante disso, nos unimos à Sbec nesse momento para propagar aprendizagem e projetos pra quem quer se aprofundar no conhecimento da planta.

A parceria com a Sbec foi oficializada para associar nosso jeito bem bolado com informações pertinentes, para ensinar e praticar a redução de danos e o consumo responsável, mas também entender como pacientes podem utilizar a cannabis em tratamento de saúde.

Nesse momento, nossa parceria se concentra na disseminação dos conteúdos ligados ao projeto MMJ (Mães e Mulheres Jardineiras). Conheça, a seguir.

Mães e Mulheres Jardineiras: Protagonismo feminino na cena canábica brasileira

O Projeto Mães e Mulheres Jardineiras (MMJ), lançado oficialmente no dia 13 de maio, acolhe mulheres de baixa renda procedentes da rede em torno do “Curso Livre de Cannabis Medicinal”, realizado semanalmente desde 2019, na paróquia São Francisco de Assis, em Ermelino Matarazzo, São Paulo, com chancela e apoio da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do Centro de Brasileiro de Informações sobre Drogas (Cebrid) e da Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis (Sbec), e também a todas as mulheres e mães brasileiras que desejam obter conteúdo educativo, consultas e acompanhamento médico sobre o tratamento com a maconha, bem como orientações jurídicas de como conseguir autorização judicial para autocultivo da planta Cannabis sativa.

O MMJ foi idealizado pela médica psiquiatra Dra. Eliane Nunes, diretora da Sbec, e já rendeu frutos com a obtenção do primeiro Habeas Corpus (HC) a uma mãe jardineira, a mais recente Madrinha que acolherá outras mulheres. O projeto piloto já está em andamento com 30 mães da Zona Leste e do Alto Tietê, na cidade de São Paulo, e também no interior do Estado.

Fotografia em visão superior que mostra um cultivo de cannabis, em fase vegetativa, e a mão de uma pessoa que toca uma das plantas, no canto superior direito.

#PraCegoVer: fotografia em visão superior que mostra um cultivo de cannabis, em fase vegetativa, e a mão de uma pessoa que toca uma das plantas, no canto superior direito. Foto Divulgação: arquivo Sbec auto cultivo autorizado judicialmente.

Live das Madrinhas: Acolhimento e Orientação

O marco inicial do projeto aconteceu com a primeira live das Madrinhas, que são mulheres que já possuem salvo-conduto, ou seja, autorização na justiça para cultivar a planta Cannabis sativa com fins medicinais e de uso pessoal.

As lives, que acontecem uma vez por mês nas redes sociais da Sbec, são uma proposta de acolhimento e lugar de fala àquelas mulheres que querem ou precisam da cannabis para minimizar suas dores e obter mais qualidade de vida para seus filhos ou para si.

Direito à vida

Segundo Dra. Eliane Nunes, o principal objetivo do MMJ é colaborar para que mais mulheres possam ter autonomia na produção de óleo artesanal de cannabis para seus filhos ou familiares. “Para isso, auxiliamos na organização da documentação clínica e jurídica do paciente e oferecemos a rede de profissionais credenciados (médicos, profissionais de saúde e advogados), além da rede de entidades que atuam nessa área”, conta.

A preocupação com um trabalho preventivo e educativo também faz parte do projeto. “Também levamos subsídio teórico sobre o autocuidado (ou do familiar) através do manejo terapêutico dos medicamentos derivados da Cannabis sativa, fomentamos parcerias com a rede de entidades, universidades e/ou Núcleos Verdes, no território de cada participante, além de atividades educativas presenciais e à distância”, salienta a psiquiatra.

Este projeto com função social bem definida também pretende: coletar relatos de cada paciente para a organização de documentação clínica para a Anvisa; coletivizar as dúvidas sobre o tema entre pacientes que demandam informação no manejo clínico da fitoterapia com cannabis medicinal; construir o processo de organização da documentação clínica (receitas, relatórios) e jurídica necessárias para o salvo-conduto; levar subsídio teórico para a construção do processo terapêutico com a cannabis, com um roteiro individualizado; e propor diretrizes gerais para o manejo da semente ao medicamento através das experiências.

O MMJ tem parceria com a Sbec que fará a organização da supervisão institucional para colaborar na criação de uma rede articulada nesta área entre profissionais e entidades.

Metas do MMJ

  • Reunir mulheres pacientes ou familiares de pacientes que desejam buscar na Justiça o direito ao cultivo da cannabis para o tratamento;
  • Promover eventos sobre Direitos, Cultivo e Extração;
  • Fomentar projetos de pesquisa para cultivo e assistência à população de baixa renda para a construção de políticas públicas no SUS, como a Farmácia Viva;
  • Buscar parcerias com instituições e universidades para análise do óleo artesanal no processo de aquisição do HC.

Da semente ao paciente: Curso ensina como cultivar maconha para fins medicinais

Como conteúdo educativo e como forma de subsidiar o processo judicial para obtenção de salvo-conduto, ou seja, autorização judicial para cultivo da maconha, a coordenação do MMJ criou o Curso de Cultivo exclusivo do movimento mães e mulheres jardineiras com objetivo de ensinar as técnicas de cultivo indoor e outdoor, desde a escolha da genética da semente até a produção do óleo artesanal.

O curso possui quatro horas de carga horária e fornece certificado, que é um documento importante a ser incluído no processo de Habeas Corpus. O curso foi criado por profissionais ligados à Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis e está disponível por valor popular de R$ 47,00, por meio deste link: https://sun.eduzz.com/610358

Mais informações sobre o curso podem ser obtidas através do mmj@sbec.med.br

Seja um voluntário e contribua com o Projeto MMJ: http://sbec.med.br/voluntariado

Saiba mais sobre o projeto Mães e Mulheres Jardineiras: https://sbec.med.br/maes-jardineiras

Associe-se à Sbec: http://sbec.med.br/associe-se

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O que você gostaria que fosse pauta no projeto JOGANDO VERDE!?

#PraCegoVer: a imagem de capa é uma arte que traz a colagem, em preto e branco e fundo amarelo-claro, da parte de uma folha de caderno, onde estão os logos da Bem Bolado Brasil, MMJ e Sbec, em tons de verde, a área de um olho, um pedaço de papel quadriculado, sob o nome JOGANDO VERDE, uma senhora segurando uma planta de maconha e fibras de cânhamo, e uma mão que aparece na parte de abaixo, como se estivesse sustentado todos os demais elementos, além de outras figuras do universo canábico. Arte: divulgação.

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