Bebidas derivadas de cannabis, o próximo mercado bilionário da Ambev

Fotografia em plano fechado que mostra várias latas de bebidas energéticas enfileiradas, algumas empilhadas sobre outras, onde pode-se ver a palavra "Hemp" e o desenho de uma folha de maconha, em três versões com cores predominantes diferentes, pretas, amarelas e verdes e verdes.

A parceria entre a gigante das cervejas e a produtora de maconha Tilray aguarda aprovação de seus produtos pelas autoridades canadenses. As informações são do Money Times

Ambev (ABEV3), maior cervejaria das Américas e dona de marcas como SkolBrahma e Antárctica, prepara-se para disputar um novo e promissor mercado. Sim, trata-se das bebidas à base de cannabidiol, uma das substâncias extraídas da cannabis – a popular maconha.

Segundo o banco suíço Credit Suisse, o lançamento dos produtos deve ocorrer até o fim do ano.

Em relatório assinado pelos analistas Antonio Gonzalez, Kaumil Gajrawala e Marcella Recchia, o Credit Suisse lembra que a Ambev entrou nesse mercado há um ano, quando sua subsidiária no Canadá, a Labatt Brewing, criou uma joint-venture de US$ 100 milhões com a Tilray.

Batizada de Fluent Beverage, a parceria produzirá bebidas não alcoólicas com infusão de cannabidiol.

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Estratégico

Os produtos aguardam a aprovação das autoridades canadenses. A Fluent será estratégica para a Ambev por três motivos, segundo os analistas. Primeiro, porque o Canadá já representa uma fatia importante dos seus negócios. O Credit Suisse estima que, nos últimos 12 meses, 13% das receitas líquidas consolidadas e 10% do ebitda da Ambev vieram do Canadá.

Segundo, porque as bebidas à base de cannabidiol são um mercado que pode crescer muito, e bem rápido. A consultoria Euromonitor, citada pelos analistas do banco, estima que a taxa de crescimento desse negócio apenas nos Estados Unidos, entre 2018 e 2025, será de impressionantes 53% ao ano.

Com isso, o mercado norte-americano passaria de parcos US$ 86 milhões para US$ 1,7 bilhão em apenas sete anos. O ritmo só tende a acelerar, de acordo com o Credit Suisse, pois uma série de fatores devem se alinhar.

Entre eles, estão a maior divulgação dessas bebidas, a facilidade de consumir um derivado de cannabis em doses bem definidas, à disposição em pontos de venda por todo o país, e a visão positiva dos consumidores de que as bebidas são um modo seguro de ingerir cannabidiol.

Revolução

Com base na Euromonitor, o Credit Suisse observa ainda que as bebidas à base de cannabidiol serão um produto “disruptivo” num mercado – o de bebidas alcoólicas e não alcoólicas – que movimentou globalmente US$ 1,3 trilhão no ano passado.

Entre os produtos que podem incorporar essa substância, estão chás, cafés, água, sucos e bebidas para praticantes de esportes e outras atividades físicas. O cannabidiol também pode ser diluído em cervejas, vinhos e coquetéis.

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#PraCegoVer: fotografia (de capa) em plano fechado que mostra várias latas de bebidas energéticas enfileiradas, algumas empilhadas sobre outras, onde pode-se ver a palavra “Hemp” e o desenho de uma folha de maconha, em três versões com cores predominantes diferentes, pretas, amarelas e verdes e verdes. Foto: Kevin Trotman | Flickr.

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