Álcool é muito mais prejudicial ao cérebro do que a maconha, segundo estudo

As pesquisas sobre os efeitos da maconha estão surgindo a cada dia mais e provando que o seu consumo é, sem dúvidas, muito mais seguro do que o do álcool. Segundo pesquisadores da Universidade de Colorado-Boulder, a maconha pode trazer resultados negativos, porém nem se comparam às consequências negativas do álcool. As informações são d’O Globo.
Pesquisadores americanos da Universidade de Colorado-Boulder descobriram que o consumo de bebidas alcoólicas é mais prejudicial ao cérebro do que o uso da maconha. A partir da análise de imagens cerebrais de 1.292 pessoas, incluindo adultos e adolescentes, eles observaram que a estrutura cerebral sofre alterações associadas ao consumo de álcool a longo prazo.
A pesquisa, publicada no periódico “Addiction” considerou os efeitos do álcool e da maconha em 853 adultos, com idades entre 18 e 55 anos, e em 439 adolescentes com idade a partir de 14 anos. Os participantes variaram o uso das drogas, e os autores do estudo observaram nas imagens cerebrais que houve redução no volume de massa cinzenta (responsável pelo funcionamento cerebral), e de substância branca (responsável pela comunicação entre os nervos e o cérebro), associada ao consumo de álcool.
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“Enquanto a maconha pode também trazer consequências negativas, ela não está definitivamente nem perto das consequências negativas do álcool”, afirmou Kent Hutchison um dos responsáveis pelo estudo, ao site “Medical News Today”.
Como alguns estados nos EUA legalizaram o consumo recreativo da maconha, além de seu uso medicinal, cientistas do país têm buscado compreender melhor os efeitos da droga no organismo.
Ainda ao “Medical News Today”, um grupo de pesquisadores disse, no último ano, ter observado um risco maior de psicose em adolescentes que consomem cannabis. Outro estudo apontou que os efeitos da maconha para a saúde cardiovascular são piores do que cigarros. Por outro lado, os produtos derivados da erva podem ajudar no combate à enxaqueca, segundo alguns estudos. Outras pesquisas indicam ainda que eles podem ajudar no aumento do apetite sexual.
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