Startups de tecnologia focadas na maconha ganham a atenção de grandes investidores
O negócio da maconha está atraindo cada vez mais a atenção de grandes investidores que estão evoluindo a sua percepção sobre o mercado canábico mundial. Saiba mais com as informações da Época Negócios.
Os grandes players do mercado global de investimentos estão prestando mais atenção em startups de tecnologia focadas em cannabis. A empresa de investimento Tiger Global Management, que gerencia US$ 22 bilhões, liderou uma rodada de financiamento de US$ 19,3 milhões na Green Bits, plataforma que gerencia a venda de maconha em dispensários nos Estados Unidos.
A Casa Verde Capital, fundo de venture capital que foca em empresas que criaram softwares e serviços para a indústria de cannabis, também participou da rodada. Karan Wadhera, sócio do fundo, afirma que a empresa tem percebido um maior interesse de grandes investidores institucionais no novo mercado. “Eu vejo isso como uma confirmação do crescimento rápido da indústria de cannabis”, diz Wadhera ao Business Insider. “Há seis meses, os maiores fundos não estavam prontos para participar de uma conversa sobre cannabis, mas agora estamos vendo empresas como a Tiger Global prontas para investir”.
A maconha é legal em 9 estados nos EUA e em Washington. As regulamentações, contudo, ainda passam por mudanças constantemente, a exemplo do que acontece com outros setores emergentes, como criptomoedas.
Com a série A de investimento, a Green Bits conseguiu US$ 19,3 milhões. Com isso, a empresa pretende expandir suas operações para novos mercados. O CEO da startup, Ben Curren, assim como os demais executivos da empresa, têm experiência na indústria de tecnologia. Ele fundou e vendeu uma startup para a GoDaddy antes de criar a Green Bits.
A tecnologia criada pela startup ajuda os dispensários a cumprir as regulações e a lidar com as vendas. O sistema já é usado por mais de mil empresas nos estados onde a venda de cannabis é legal, e processa mais de US$ 2,2 bilhões em vendas por ano. O próximo passo, diz Curren, é criar uma plataforma de pagamentos – a maioria dos dispensários não permite a compra em cartão de crédito, já que a maioria dos grandes bancos se recusa a fazer negócios com as lojas de maconha. “Estamos tentando colocar Visa e Mastercard nos dispensários”, afirma Curren.
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