São Paulo está entre as cidades que mais consomem maconha no mundo

No Brasil, a solução para os problemas de insuficiência de recursos públicos que acometem as grandes cidades poderia vir da taxação de um produto que já é altamente consumido: a maconha. Segundo pesquisa encomendada por empresa israelense, São Paulo está em 14º lugar no ranking das cidades onde mais se consome maconha no mundo. As informações são da Galileu.

Uma simples iniciativa poderia aumentar a arrecadação da cidade do Rio de Janeiro e de São Paulo em mais de R$ 200 milhões: cobrar imposto sobre a maconha que já é consumida. É isso que mostra um estudo encomendado pela companhia israelense Seedo, fabricante de um sistema de cultivo indoor de plantas, inclusive a Cannabis.

O valor cobriria, por exemplo, os R$ 132 milhões que a prefeitura paulistana cortou esse ano do investimento no setor de transportes por falta de verba.

A pesquisa “Cannabis Price Index 2018” fez um levantamento de 120 cidades ao redor do mundo onde é possível encontrar dados sobre o consumo de maconha. Em seguida estipularam um preço médio de quanto custa o grama da erva, e compararam com os impostos cobrados das marcas mais populares de cigarro em cada lugar.

Depois ainda avaliaram quanto renderia para cada cidade se a maconha fosse taxada conforme as cidades americanas onde a planta já é legalizada.

De acordo com o estudo, a cidade de Sâo Paulo é a 14ª do mundo onde mais se fuma. 16,55 toneladas de ganja são consumidas todos os anos na capital paulista. Para o cálculo, no entanto, os pesquisadores levaram em consideração um preço médio de quase R$ 20 reais (US$ 6,38) pelo grama de maconha.

Dessa forma, se fossem cobrados o imposto do cigarro, seriam coletados R$ 216 milhões (US$ 69.55). Já se levar em consideração o imposto americano, os cofres da cidade ganhariam R$ 62 milhões (US$ 19,81).

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Já no Rio de Janeiro, 28ª cidade que mais consome cannabis no mundo, 8,69 toneladas viram fumaça todos os anos. Com preço médio da maconha a pouco mais de R$ 15 (US$ 5,11), arrecadaria R$ 205 milhões (US$ 64,94 milhões) em impostos se um baseado tivesse o mesmo imposto que o tabaco, e R$ 91 milhões (US$ 28,82). Os valores são com base na cotação do dólar em 01/02/2018.

A cidade de Nova York ficou em primeiro lugar na lista das cidades que mais fumam maconha no mundo. São 77.44 toneladas da erva por ano. Já em Singapura a erva é raridade, com apenas 200 quilos por ano.

Em relação aos preços, Tóquio, no Japão, é onde o grama é mais caro, tendo que desembolsar mais de R$ 100. Já em Quito, no Equador, a maconha mais barata do mundo é encontrada por pouco mais de R$ 4.

Todos os resultados do estudo podem ser encontrados no site do Cannabis Price Index 2018.

Fotografia de Capa: Diogo Vieira | Cobertura Smoke Buddies Marcha da Maconha SP 2017

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