Respeito é pra quem tem

Eu tenho uma teoria de que pessoas que realmente querem mudar o mundo não tornam-se políticos. De que as pessoas que prezam realmente pela liberdade, pela democracia e que se interessam em GENTE, ser humano, não põe seu nome e sua foto dentro da urna eletrônica.

Cada vez mais eu tenho a sensação de que os verdadeiros vanguardistas políticos estão na arte, nas escolas, nas ONG’s e não no congresso.

Me parece que há duas causas de interesse em candidatar-se:
– Dinheiro;
– Imposição da verdade particular.

E é sobre esse segundo item que quero discorrer. Vemos diversas vezes projetos extremamente descabidos rolando em Brasília. O projeto tristemente apelidado de ‘cura gay’ é um deles. Ali é basicamente a religião tentando estabelecer valores no cenário político.

Um dos projetos de lei da câmara (PLC) que acabou de me causar calafrios é o PLC 37/2013. Basicamente ele aumenta a rigidez sobre o que as pessoas põem para dentro de seus corpos. Ali, por tudo que li, não há preocupação com a saúde (e é o caso de drogas pesadas), com as famílias, com o ser humano. A única coisa que a PLC 37/2013 faz é gritar ao mundo de forma velada: “Hey, a minha verdade é melhor que a sua.”

Como dito pelo grande advogado André Barros, é uma proposta de lei que simplesmente ignora os avanços globais no tema ‘Drogas’. É uma lei que visa endurecer o controle em cima do usuário, tendo como consequência a aceitação de coisas bizarras como a internação compulsória.

Para vocês terem uma noção, os Ministérios da Saúde, Justiça e dos Direitos Humanos querem a rejeição imediata do projeto. Uma maluquisse que é apenas a verdade particular de seu autor: Osmar Terra.

O projeto ignora estatísticas, relatórios científicos e jurídicos sobre o tema. O mano Osmar Terra simplesmente acha que o Brasil tem que ser do jeito dele e pronto. O problema é que ele é um deputado e pode propor absurdos que, se forem votados, tornar-se-ão uma lei mais absurda ainda.

Respeito é pra quem tem. E nossos políticos já provaram há muito de que cagam e andam para os anseios do povo brasileiro.

Vaza, cambada. Ou como dizem meus parceiros cariocas: Mete o pé

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