Qual é a marca do seu baseado? A ‘glamourização’ da maconha nos EUA
Com os avanços a favor da liberação das leis de drogas relativas à maconha nos EUA, diversas marcas e empresas destinadas exclusivamente a venda da erva pipocam pelo país. Mas será que elas são sinônimo de qualidade? Descubra abaixo. As informações são do Brasil Post
Da repressão ao tráfico ao mundo estelar das marcas e da produção em grande escala. É exatamente o que começa a acontecer, cada vez com mais força nos Estados Unidos. Com a entrada de Nova York no mapa da legalização da chamada maconha medicinal, são 24 estados e a capital, Washington, deixando para trás, em parte, os tempos de ilegalidade.
Em reportagem para a agência AP, a repórter Kristen Wyatt faz um apanhado do que tem rolado por lá.
Endossos de celebridades são apenas a última tentativa de adicionar chancela para linhas de maconha. Snoop Dogg suas oito “Dank From the Doggfather Himself”. Willie Nelson diz que sua maconha é “nascida das memórias dos músicos que visitaram o ônibus de Willie depois de um show”.
Aperte e Leia: Willie Nelson explica por quais motivos você deveria comprar a maconha que ele produz
É isso. A publicidade está jogando alto, muito alto na legalização da droga. Camisetas, sedas e todos os tipos de produtos para explorar um mercado. E a qualidade? É garantida? Segue a reportagem da AP:
Os consumidores não têm nenhuma maneira de saber que uma marca de maconha de uma celebridade é diferente do que eles poderiam comprar num saquinho plástico a partir de um traficante de drogas das esquinas.
Mas há barreiras ainda. O governo federal americano ainda não levantou o bloqueio da maconha. Portando, os limites estaduais e os limites legais são um entrave. A indústria poderosa da maconha, claro, tenta mudar o jogo.
No Colorado, por exemplo, existem cerca de 700 nomes comerciais e 200 marcas comerciais registradas que incluem a palavra “maconha” ou um sinônimo. Uma abertura federal ao mercado da maconha deixaria os empresários do estado prontinhos para abocanhar os estados que demoraram mais a entrar na onda.
A indústria vai muito bem. Resta saber se a cultura das marcas não vai engolir leis, usuários e tornar a maconha apenas mais uma forma de criar milionários.
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