Pesquisa indica que 87% dos jogadores da NFL dizem sim para maconha
Pesquisa aponta que a maioria dos jogadores da NFL usa analgésicos baseados em opiáceos, porém preferem o uso de cannabis medicinal que ainda é proibida pela Liga.
Uma pesquisa enviada recentemente aos atuais e veteranos jogadores da National Football League (NFL) mostra que 87% dos jogadores apoiam que a liga deve mudar sua posição sobre a maconha e permitir que os jogadores a utilizem para fins médicos.
Segundo publicação do portal Extract SunTimes, os resultados também mostram que 89% dos jogadores acreditam que o uso de cannabis medicinal trataria a dor de forma eficaz, se a liga permitisse.
A pesquisa foi conduzida pelo mercado on-line de maconha medicinal BudTrader.com e inclui respostas de 152 entrevistados. Brad McLaughlin, CEO da BudTrader, criou o questionário com a ajuda de especialistas em gerenciamento de dor e conselheiros de drogas. As perguntas tiveram como intuito descobrir problemas com prescrição e uso de analgésicos químicos na liga.
O resultado não poderia ser diferente: Quase 91% dos atuais e antigos jogadores da NFL confessaram ter ingerido ou injetado analgésicos baseados em opiáceos, como oxicodona e hidrocodona. Aproximadamente 74% dos jogadores disseram ter efeitos colaterais negativos de analgésicos e quase 65% disseram que estavam preocupados pela possibilidade de tornar-se viciados ou hipocondríacos, além de 45% que revelaram sentir-se pressionados a usar analgésicos químicos pelos médicos da equipe, funcionários e colegas.
“Esses caras são heróis nacionais, mas estão recebendo substâncias nocivas e viciantes por médicos da liga para que possam ter um bom dia no campo”, disse McLaughlin em um comunicado à imprensa. “A coisa mais triste é que há uma alternativa melhor – mas a liga está atrasada em relação à maconha medicinal para uso terapêutico. Está causando muitos danos e muitos jogadores estão realmente insatisfeitos com o estado das coisas.”
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Quase 88% dos jogadores disseram que considerariam usar maconha medicinal para o alívio da dor se a liga os permitisse, e 86% disseram que considerariam usar maconha para tratar o estresse, ansiedade e/ou a insônia se a NFL autorizasse.
A liga atualmente proíbe o uso de maconha entre os jogadores de todos os estados, independentemente das leis estaduais sobre maconha. Os jogadores que testarem positivo para o uso de cannabis nos exames antidoping podem ser suspensos ou multados.
“Nossa pesquisa mostra que, sem dúvida, os jogadores da NFL querem e precisam usar maconha medicinal para controlar a dor”, disse McLaughlin. “Neste ponto, qualquer médico que você consultar vai dizer-lhe que a maconha é extremamente eficaz para o tratamento da dor e que existe, literalmente, zero risco de dependência física.”
Uma série de estudos têm apontado a cannabis medicinal como um tratamento eficaz para dores crônicas. Muitos estados com programas que incentivam o uso de cannabis medicinal consideram a dor como uma condição de qualificação para o tratamento médico com a nossa tão querida plantinha.
De acordo com os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), mais de 183.000 pessoas morreram nos Estados Unidos por overdoses relacionadas aos opioides prescritos entre 1999 e 2015.
Vale lembrar e salientar que nunca houve uma morte atribuída à overdose de cannabis.
Tradução: Ana Carolina
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