PAES É CABRAL. CABRAL É PAES
Do mesmo modo que financia o lobby pela proibição da maconha por interesses próprios, a elite empresarial limpou os cofres do Rio de Janeiro com a ajuda de Sérgio Cabral, e sua quadrilha, que agora terá a chance de impedir as investigações que os condenaram, caso seu comparsa Eduardo Paes seja eleito governador do estado. Entenda mais sobre o assunto no texto do advogado e militante Dr. André Barros*.
Inspirado no livro “A FARRA DOS GUARDANAPOS”, de Silvio Barsetti, fiz o 25º programa FUMAÇA DO BOM DIREITO sobre o seguinte tema: Cabral, Paes, ALERJ e TCE limparam os cofres do Estado, não deixaram qualquer legado e ainda querem ganhar a eleição. Recordamos que, às vésperas do Rio de Janeiro ter sido escolhido como sede das Olimpíadas, Cabral e seu secretariado festejaram em Paris os bons negócios realizados. Fizeram um trenzinho com guardanapos na cabeça simbolizando o capital que seria aplicado na obra do trem-bala que ligaria o Rio de Janeiro a São Paulo.
Além da arrecadação tributária, bilhões de capital nacional e estrangeiro entraram no estado do Rio de Janeiro, mais que em São Paulo e Minas Gerais. Todos esses bilhões sumiram dos cofres do estado, que chegou a atrasar 3 meses os salários de aposentados, médicos, professores e policiais.
O ex-governador Sérgio Cabral não teria como limpar os cofres do Estado sozinho. Teve o apoio direto de ampla maioria da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Ambos têm a competência de fiscalizar e julgar as contas do Estado. Cabral está na cadeia condenado a penas a perder de vista, Picciani está em prisão domiciliar e, de sete conselheiros do TCE, seis foram afastados, presos e processados, todos em razão de corrupção. Essa é a quadrilha dos milhões que trabalhavam para a quadrilha dos bilhões, formada por empresários. Foi mais do que comprovado que os capitalistas combinavam quem ganharia as licitações públicas e o preço. As quentinhas podres, os preços das passagens, as obras do Maracanã ao Porto Maravilha e os materiais hospitalares e escolares, tudo era decidido em reuniões de empresários, que embolsavam bilhões e pagavam propinas de milhões aos ocupantes do Palácio, Assembleia e Tribunal.
A população apoiou e votou, acreditando que a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 trariam riqueza e um grande legado ao Estado, como foi prometido. Mas tudo não passou de uma farsa, ou melhor, de uma farra das licitações, nenhum legado foi deixado à cidade, só elefantes brancos abandonados e um monte de asfalto desencapado. O povo acreditou tanto que elegeu Cabral em 2006, 2010, e seu sucessor Pezão, em 2014.
Agora, querem fechar o cerco com seu direto colaborador Eduardo Paes, que foi Secretário de Estado do governo Cabral e Prefeito de 2009 a 2017, apoiado pelo mesmo. Colocando Paes no governo do Rio de Janeiro, Cabral, ALERJ e TCE ficam blindados, pois Eduardo Paes poderá nomear o Procurador-Geral de Justiça, a partir de uma lista tríplice encaminhada pelos promotores e procuradores. Ao Procurador-Geral, chefe do Ministério Público, compete instaurar investigações e mover ações contra o governador, secretários e parlamentares. Se Paes não nomear o candidato mais votado, o Ministério Público estará em suas mãos e nenhuma investigação para recuperar as riquezas assaltadas de nosso Estado será realizada. Assim, ao menos no âmbito do estado, o ciclo da corrupção será prolongado. O povo do Rio de Janeiro não pode continuar a ser tão enganado! Chega de MDB e seus aliados!
*ANDRÉ BARROS é advogado da Marcha da Maconha, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ e candidato a Deputado Estadual pelo PSOL no nº 50.420.
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#PraCegoVer: ilustração (de capa) de um cofre com a identificação de “cofre público”, por dentro do qual passa um escorregador e ratos que saem com sacos de dinheiro, com um fundo amarelo e branco e na parte superior o texto “É brincadeira”. Créditos: Sinovaldo.
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