Marcha da Maconha pede a legalização da erva em Curitiba

No Paraná, depois de abrir o calendário verde deste ano em Ponta Grossa, a Marcha da Maconha foi às ruas do município de Curitiba para fomentar o debate sobre a legalização da erva e reivindicar celeridade no processo de descriminalização das drogas que tramita no STF. As informações são do portal 24Horas.

Manifestantes realizaram na tarde de (22) em Curitiba a chamada ‘Marcha da Maconha’, evento anual e mundialmente conhecido por levar a questão polêmica da legalização do uso e cultivo pessoal da maconha para fins recreativos ou terapêuticos. O evento começou na Boca Maldita por volta das 16h. O local é um famoso reduto de manifestações e fica no centro de Curitiba.

A questão embora polêmica realmente pode virar realidade muito em breve. No ano passado, através de uma sugestão popular (SUG 25/2017), proposta no portal e-cidadania feita pelo cidadão Gabriel Henrique de Lima, de São Paulo, alcançou 20 mil assinaturas e foi enviada para a  Comissão de Direitos Humanos (CDH), onde recebeu inicialmente um voto negativo do ate então relator, o senador Sérgio Petecão (PSD-AC).

Apesar disso, em 14 de dezembro de 2017, a CDH aprovou o relatório e voto em separado da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP). Ela foi favorável ao projeto de lei mas não em sua totalidade, vetando então o ponto que fala sobre o uso recreativo e deixando apenas para fins médicos.

Vote SIM: Vote SIM no Projeto de Lei do Senado para descriminalizar o cultivo de maconha

ALGUMAS AUTORIDADES CONCORDAM EM LEGALIZAR

O Secretário de Segurança da Bahia Maurício Teles Barbosa também afirmou no inicio do ano, que legalizar a maconha deve ser encarado como atividade econômica. “Se eu tiro 80% do faturamento da maconha de uma quadrilha, estou deixando de fortalecer a quadrilha em 80%”, afirmou.

Recentemente, o Governador do estado do Rio também afirmou que mudou sua opinião. “Eu era contra, mas estou lendo muito sobre o assunto e a respeito de experiências em algumas cidades. Realmente, estamos enxugando gelo. Talvez fosse conveniente fazer uma experiência, talvez liberando a maconha”.

Apesar disso, uma parcela da população apresenta ressalvas, pois creem que a medida não faz o efeito desejado, pelo contrário, traz prejuízos para uma faixa da população mais vulnerável aos problemas causados por uma substância como a maconha que ainda esta sendo estudada. Assim, expõe as pessoas ao risco de consumo de outras substâncias mais fortes.

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#PraCegoVer: Fotografia de manifestantes segurando uma faixa branca onde está escrito em verde “Julguem nossa causa STF RE 635659”, durante a Marcha da Maconha de Curitiba. Créditos: Guilherme Gaida – 24Horas.

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