Marcha da Maconha leva mais de 100 mil às ruas do centro de São Paulo

Em comemoração à 10ª edição da Marcha, mais de 100 mil pessoas foram às ruas marchar pelo fim da guerra às drogas num verdadeiro ato de união pela causa e, claro, num autêntico feito de desobediência coletiva às leis injustas que permeiam o tema. Como sempre, a equipe Smoke Buddies estava presente para registrar tudo o que rolou do começo ao fim do ato. Saiba mais sobre como foi a esfumaçada MM de São Paulo.

O ritual foi o mesmo para o sábado (26/05) deste repórter que vos fala: almoço, preparativos e metrô rumo à Av. Paulista, o já conhecido palco da Marcha da Maconha São Paulo. Mas só de chegar à estação Trianon-Masp, que fica ao lado do Museu de Arte de São Paulo – o ponto de encontro dos marolados paulistanos, com ou sem MM -, já pudemos perceber que esse ano seria diferente: o cheiro da erva penetrava o espaço, dando uma pista de que a galera já soltava fumaça para o ar.

E ao chegar na Avenida, a suspeita se confirmou e a sensação era de que havia muito mais gente do que nas edições anteriores. Além do crescimento da presença dos maconheiros, o tema da festa ajudou. Afinal, a Marcha da Maconha SP comemora 10 anos em 2018. Uma década de luta pelo fim da guerra às drogas. Nesta edição, o lema era “pelo fim da guerra às drogas, pela liberdade de nossos presos, em memória de nossos mortos, pelo acesso universal ao medicamento e à recreação; contra a violência policial, contra o machismo, contra o racismo e contra a militarização da vida”.

Por lá se via uma variedade infinita de pessoas: famílias, casais, pacientes, skatistas, músicos, ciclistas, coletivos e muito, muito mais. A atmosfera de paz, confraternização e de festa, rotineiramente presente nas Marchas, não poderia faltar. Bongs, becks de diferentes tamanhos e muita fumaça também fizeram a onda da galera durante todo o percurso.

A festança era animada pelo carro de som do Resistência 420, coletivo criado para unir e criar ações em prol da legalização da maconha, composto por diversas marcas do empreendedorismo canábico.

Por volta das 17h, o bonde partiu com o mesmo trajeto de 2017. Saímos do MASP em direção à Av. Brigadeiro Luís Antônio para terminar a Marcha na Praça da Sé, um dos marcos da cidade de São Paulo. A tímida presença da Polícia na Paulista diminuiu ainda mais na descida da Brigadeiro. Passamos por diversos cruzamentos sem nenhum tipo de bloqueio da CET e repletos de motoristas desavisados, que aguardavam parados pela multidão passar. Sentimos menos organização de trânsito nesta edição, o que só traz resultados negativos para ambos os lados.

A passeata terminou em clima de festa na Praça da Sé. A famosa escadaria da Catedral ficou repleta de bandeiras, cartazes e usuários com suas diversas causas. Novamente, o clima era de emocionar qualquer maconheiro. Afinal, ver tanta gente unida para lutar por leis mais justas com relação às drogas é algo bonito de se ver.

Aguardamos ansiosamente pelas tantas outras Marchas que ainda vão rolar pelo Brasil. Não perca! Cole e fortaleça seu movimento. Afinal, nós somos a revolução!

Mais Fotos:

Veja como foi a MM São Paulo de 2017: Marcha da Maconha enche São Paulo com muita fumaça

Fotografias: Lucas Tavares – Smoke Buddies.

#PraCegoVer: fotografia de uma multidão que acompanhou a 10ª edição da Marcha da Maconha em São Paulo.

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