Marcha da Maconha acontece em várias cidades neste sábado
Diversos ativistas, coletivos e frentes antiproibicionistas vão às ruas de 10 cidades brasileiras, no dia 06 de maio, pela legalização da maconha, pelo fim da criminalização do usuário e do encarceramento em massa e entre outros motivos. Confira agenda abaixo:
Diferentemente dos anos anteriores, quando os atos pela legalização da maconha nas grandes cidades ocorreram em datas distintas, neste ano 10 marchas ocorrerão no dia 06 de maio.
Motivos para ir às ruas não faltam, seja pelos consumos medicinal, recreativo, industrial, social e religioso, seja pelo direito de fumar em paz sem ser discriminado e criminalizado, as Marchas da Maconha são uma ótima maneira de pressionarmos a mudança na política e o começo do fim da guerra às drogas.
É um ledo engano de quem ainda acredita que a Marcha da Maconha é um movimento que pede apenas a legalização da produção, venda e consumo da planta, pois os objetivos do movimento vão muito além. A luta antiproibicionista beneficia principalmente a sociedade, através de uma lógica simples que é ‘mudar o que não está dando certo’, porém um tanto mistificada, quando o assunto é a erva.
Já está mais do que provado e comprovado, ponderando acerca dos lugares onde a planta é legalizada, que ao regular toda a cadeia produtiva que cerca a maconha (substância ilícita mais consumida no Brasil), a guerra contra as drogas deixa de vitimar, principalmente, negros, pobres, usuários, policiais e até mesmo quem não é consumidor, em um confronto gerador de mortes e racista.
Regulamentar a maconha gera empregos, alavanca a economia, gerando impostos, NÃO AUMENTA O CONSUMO e não superlota o sistema de saúde pública. Pelo contrário, o dinheiro dos impostos sobre a maconha poderia ser investido em setores como saúde e educação, visando a reeducação sobre maconha e outras drogas e a redução de danos de drogas mais pesadas, além de resolver o problema de superlotação do sistema carcerário brasileiro que drasticamente transforma o usuário (visto como um pequeno traficante) em criminoso.
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Atualmente, mais de 64% das mulheres encarceradas no Brasil estão enquadradas pelo crime de tráfico de drogas, muitas vezes um crime que não se realiza já que grande parte destas presas estavam transportando maconha e outras substâncias para seus maridos, filhos ou outros familiares presos.
A proibição afeta todo o mundo, seja consumidor, cultivador, traficante ou não, mas a sociedade continuará sendo a maior vítima. Imagine como seria hoje em dia com o álcool proibido e reflita.
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Pela Normalização da Maconha vá a Marcha da Maconha!
Passou do tempo da sociedade perceber que a proibição, enraizada desde a década de 30, já chegou ao fim. Proibir e demonizar a maconha nunca foi pela saúde da população e sim por interesses financeiros e racistas. Nos EUA, berço do proibicionismo, mais de 60% dos norte-americanos já vivem em 29 estados, há alguns anos, a realidade da legalização da maconha e nem com um presidente como Donald Trump isso voltou atrás.
No Brasil, se dependermos do Sistema Judiciário e Legislativo, seremos fatalmente os últimos a abolir a proibição da erva como fomos no caso da escravidão.
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A proibição, assim como toda essa demonização e mistificação por trás da maconha, só deixará de acontecer quando os consumidores, e quem quer uma mudança efetiva, normalizarem o assunto diante de toda a sociedade. Transformar a maconha em algo normal, como é o álcool e tabaco, é muito mais eficaz para reduzir os danos e por um fim nessa Guerra às Drogas.
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Para isso o melhor momento é agora, nas Marchas da Maconha espalhadas por 12 cidades em todo o Brasil.
É importante a presença do maior número possível de manifestantes nos atos espalhados pelo país. A sociedade e a mídia tradicional, habituadas com números de marchas anteriores, precisam ver e sentir o impacto de que não são apenas 40 mil pessoas de um estado ou 15 mil de outro, e sim MILHARES de PESSOAS de TODO O BRASIL pedindo a mesma coisa: a Regulamentação da Maconha.
Confira abaixo as Marchas da Maconha deste sábado, 06/05:
Brasília
Museu Nacional da República, 14h
Evento no Face: http://www.facebook.com/events/223185981421839
Rio de Janeiro
Jardim de Alah, 14h
Evento no Face: http://www.facebook.com/events/206737696461339
São Paulo
MASP, 14h
Evento no Face: http://www.facebook.com/events/742852039211094
Florianópolis
Largo da Alfândega, 16h20
Evento no Face: http://www.facebook.com/events/744454929049530
Porto Alegre
Redenção – Parque Farroupilha, 16h20
Evento no Face: https://www.facebook.com/events/263494437395590/
Ubatuba
Avenida Iperoig, 16h20
Evento no Face: https://www.facebook.com/events/192492757872532/
São Carlos
Praça Santa Cruz, 15h20
Evento no Face: https://www.facebook.com/events/1380830245336951/
Curitiba
Boca Maldita, 15h
Evento no Face: https://www.facebook.com/events/137146773488858/
Divinópolis
Praça da Catedral, 14h20
Evento no Face: https://www.facebook.com/events/1839775652952375/
Natal
Praça do Beijoqueiro, 14h
Evento no Face: https://www.facebook.com/events/422248481462262/
Fotografia de capa Bianca Tavares | MM SP 2016
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