Manifestantes participam da Marcha da Maconha na orla de Maceió

Com o tema desta edição da marcha foi “4 armas não, 4 pés na plantação” manifestantes pediram a legalização da planta tanto para uso recreativo quanto medicinal. As informações são do G1.

Manifestantes realizaram na tarde deste sábado (11) a 4ª edição da Marcha da Maconha em Maceió. Em passeata pela orla da capital, eles pediam a legalização da erva tanto para uso medicinal quanto recreativo.

A concentração do ato foi na praia da Pajuçara, onde os participantes escreveram cartazes em apoio à legalização e, antes de sair em caminhada, fizeram uma oração rasta. Depois, caminharam em direção ao Posto 7, na praia de Jatiúca, ocupando uma das faixas da Avenida Silvio Carlos Viana.

A organização estima que cerca de 100 pessoas participaram. A Polícia Militar não informou números.

O tema desta edição da marcha foi “4 armas não, 4 pés na plantação”, e faz alusão ao decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, que facilitou o porte de arma para mais categorias.

“Entendemos que a maconha é uma planta que não mata ninguém. Já as armas matam muita gente todos os dias. Acredito que faltam pesquisas que desmistifiquem esses mitos sobre a maconha, tabus que foram criados para criminalizar esse comportamento. Falta informação para que as pessoas entendam o que realmente é [a planta]”, explica Daiane Rose Souza de Oliveira, uma das organizadoras do ato e membro do Coletivo Marcha da Maconha.

O advogado Bruno Araújo também participou do ato. Ele afirma que a proibição do uso da maconha, seja ele qual for, não funciona.

“Estamos nos manifestando pelo direito de usar, seja de forma medicinal, seja de forma recreativa. A política de proibir não funcionou em lugar nenhum do mundo, apenas encarcerando e matando muita gente. Temos que encarar essa questão da liberdade [de usar] de outra forma”, diz Araújo.

#PraCegoVer: Fotografia mostra a dona de casa Jane Marta (que não é usuária) junto a sua filha, as defende a legalização da maconha por conta de suas propriedades medicinais — Foto: Derek Gustavo/G1

Muitos dos participantes ali eram usuários da planta. Mas esse não é o caso da dona de casa Jane Marta Santos Farias. Ela, que foi com a neta de 7 anos, conta que sofre de problemas de saúde, tratáveis pela substância ativa da maconha, o canabidiol.

“Sou a favor da legalização tanto pelo fato de só matar pretos e pobres, tanto pelo fato de eu ter um problema de saúde e precisar do óleo. Não uso ainda porque pra comprar é muito caro e precisa conseguir liberação judicial. Por isso não tive condições de comprar, e sou obrigada a usar medicamentos controlados. Trouxe minha neta comigo porque acho muito importante que ela saiba lutar pelo que é certo, pelos direitos dela”, diz a dona de casa.

Outro membro do coletivo, Elânio Feitosa de Melo, também não é usuário, e conta que sofre preconceito por defender a legalização da maconha.

“Eu não uso, mas defendo. Tem a questão do preconceito, porque quando você fala que é membro de igreja, dizem que não pode apoiar, mesmo sabendo que a maconha pode ser remédio e trazer bem-estar. Tanto remédio aí é droga e prejudica muito mais e as pessoas apoiam. As pessoas confundem muito isso, você não precisa usar para defender. Estou na igreja, mas não posso fechar os olhos para os benefício que o uso da maconha traz”, pondera Melo.

Além da PM, agentes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) acompanharam a manifestação. Eles organizaram o fluxo de veículos, que não chegou a ser afetado pelo ato.

#PraCegoVer: Fotografia de um galhardete em que vem escrito 4ª edição da Marcha da Maconha. Evento foi realizada em Maceió neste sábado (11) — Foto: Derek Gustavo/G1

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#PraCegoVer: Fotografia mostra manifestantes carregando cartazes com palavras de ordem e pedidos de legalização durante a 4ª Marcha da Maconha de Maceió – Foto: Derek Gustavo/G1

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