Mais maconha menos cigarro: pesquisa aponta mudanças de hábito entre jovens
Nova pesquisa, divulgada pela NIDA, traz uma ótima notícia: o estudo mostra que os estudantes norte-americanos estão substituindo o cigarro pela maconha. A mudança de hábito, segundo os jovens, se dá por verem que o tabaco traz muitos riscos à saúde e a maconha, quase nenhum. As informações são do Hypeness.
O cigarro sempre foi muito disseminado pela publicidade e pelo cinema, com um apelo estético e comportamental que sempre atraiu os jovens. Mas acredite, as coisas mudam e, pela primeira vez na história, algo conseguiu tirar seu posto: a maconha.
Uma pesquisa feita com adolescentes norte-americanos, divulgada pela National Institute on Drug Abuse (NIDA) revelou que os estudantes mais velhos do ensino médio estão fumando mais maconha do que cigarro.
Poucos estudantes têm visto o uso regular da maconha como um risco e o número de usuários diários da erva manteve-se em torno de 6% desde 2012. O uso da maconha ultrapassou o do cigarro devido ao rápido declínio no consumo de tabaco entre estudantes do ensino médio nos últimos cinco anos.
Aperte e Leia: Legalização da maconha não aumenta o uso entre jovens
Houve uma queda de 55% no número de fumantes diários de cigarros desde 2010. Em entrevista, a diretora da NIDA, Nora Volkow, atribui a redução do tabagismo a “campanhas de prevenção voltadas aos adolescentes, especificamente. Há outro fator, os jovens que no passado usavam o cigarro usam outros produtos agora”.
O uso de substitutos do tabaco é estável desde o ano passado, mas ainda muito elevado, com 20% dos veteranos do ensino médio usando cachimbos de água e 16% cigarros eletrônicos. Volkow disse que enquanto ela se anima com as quedas nos cigarros e bebidas, a crescente aceitação de maconha entre os adolescentes, por outro lado, a preocupa.
Estudos preliminares mostram mudanças na estrutura do cérebro de jovens que fumam maconha. Volkow e outros cientistas temem que o consumo da erva entre os adolescentes – cujos cérebros ainda não estão totalmente formados – interrompa o processo de fiação entre neurônios.
A mudança de comportamento desta geração não quer dizer, porém, que não existam excessos: “Nós não podemos ser complacentes. As taxas de uso de drogas, legais e ilegais, ainda são muito elevadas”, conclui Nora.
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