Comissão descobre que maconha foi liberada em presídios para acalmar detentos
Secretário de segurança e dois diretores admitiram fazer vista grossa à entrada de maconha nos presídios, sob a alegação de acalmar os detentos.
Segundo publicação na coluna do Lauro Jardim, no jornal O Globo, um secretário estadual de segurança e dois diretores de presídios admitiram, extraoficialmente, à comissão de juristas designada por Rodrigo Maia para apresentar um projeto antidrogas, que faziam vista grossa à entrada de maconha nos presídios, sob o pretexto de acalmar os ânimos dos detentos.
Estratégia não é novidade
Em 2012, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, revelou que quase 80% dos guardas prisionais que participaram da pesquisa permitiam o uso de maconha pelos detentos para facilitar o trabalho e manter a ordem.
“Os guardas dobram as regras para manter a ordem. Muitos reclusos fumaram cannabis durante vários anos antes de serem presos. Muitas vezes fumam como forma de lidar com problemas pessoais. Se os guardas tirarem sua erva, eles ficarão inquietos e poderão causar problemas”, segundo relatou o antropólogo Torsten Kolind, do Centro de Pesquisa sobre Álcool e Drogas da Universidade de Aarhus.
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#PraCegoVer: fotografia (de capa) que mostra as mãos de uma pessoa segurando um baseado (na diagonal em relação à câmera) com os dedos indicadores e polegares; com um fundo escuro e iluminação focada no baseado.
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