Literatura Sativa: A Mulher de Olhos Vermelhos

 

Sentada esperava a condução

Quase não me notou quando cheguei

Em mim não contive a reação

Bela… Nunca mais lhe esquecerei

 

Parecia que pensava ao som de Emicida

A matéria que lia era sobre maconha

Eu jamais tinha visto coisa parecida

Como era livre… Sem nenhuma vergonha

 

Num impulso desordenado me apresentei

Quando eu disse que militava pela legalização

Um sorriso acompanhou a mexida nos cabelos

 

Ela tinha lido o texto que eu publiquei

Demonstrou uma reciprocidade e admiração

Fiquei horas conversando com a mulher de olhos vermelhos

 

Ilustração de capa: Tâmara Nunes

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Sobre Douglas Fortunato

Estudante de Filosofia no Rio de Janeiro, na UERJ, 26 anos e recém chegado na militância da causa canábica.
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