Literatura Sativa: A vitória do amor
O amor tem cura
mas não vou me curar
nem cair na loucura
de deixar de amar…
O amor tem cura,
mas não vou me curar
pois quero em minha juventude
a beleza da cannabis
em cada olhar;
quero em minha vida
alguém que eu possa namorar.
E, você sabe, que,
se o amor tem cura,
a maconha vem e como vem
e chega com bula de remédio
e o doutor, é claro e é quem
no Brasil do futuro vai permitir
a gente se medicar à torta e à direita:
qualquer Maria Sativa,
qualquer João Cannabis da Vida.
Ah, o amor tem cura
mas não vou me curar, Seu Doutor,
pois meu sonho se lambuza de maconha
e finda com indizíveis usos e mais usos
bem recreativos e bem além dos medicinais.
E como se diz na juventude do povo:
“Sem coisa! Suave, suave!”
E sem crise anseio me plantar toda em ternura,
e toda robusta, diante da romana loucura proibicionista de hoje
é que a gente mais ainda precisa de usar o amor como armadura
e a paixão pela poesia como fuzil de guerra, nas horas de lutar,
contra qualquer vida dura que quiser nos derrotar,
Pátria Amada Brasil.
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#PraCegoVer: fotografia (de capa) de uma linda inflorescência de maconha em tons de verde de um grande cultivo indoor que pode-se ver ao seu redor e ao fundo desfocado, sob uma iluminação amarelada.
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