Justiça permite que associação cultive maconha com fins medicinais
Apesar da decisão de juíza que autoriza a Abrace, organização de João Pessoa, a manter o cultivo e manipulação de maconha para fins terapêuticos, União e Anvisa podem recorrer. A decisão foi baseada no direito à saúde, além do alto custo envolvido na importação dos medicamentes à base de maconha. As informações são do G1.
A Justiça Federal na Paraíba (JFPB) decidiu que a Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace), em João Pessoa, pode manter o cultivo e manipulação da maconha (Cannabis sativa) para fins medicinais. A decisão da segunda-feira (20) confirma a liminar de 27 de abril deste ano. À época, 151 pacientes associados à entidade foram atendidos pela determinação.
A juíza federal substituta da 2ª Vara Federal, Wanessa Figueiredo dos Santos Lima, tomou a decisão considerando que essa conclusão decorre do direito à saúde e da garantia da dignidade da pessoa humana, constitucionalmente assegurados. A sentença, entretanto, apenas produzirá os efeitos após o trânsito em julgado.
Também foi considerado o custo da importação dos medicamentos à base da Cannabis que poderia chegar a R$ 1 mil por mês. A importação já era permitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), assegurou a juíza.
Na decisão também foi reforçada a necessidade da Abrace manter um cadastro dos pacientes beneficiados, onde deve constar documento de identificação pessoal do próprio paciente e do seu responsável, se for o caso e receituário prescrevendo o uso de produto à base de Cannabis.
É necessário um laudo demonstrativo de se tratar de caso para o qual já foram tentados, sem sucesso, todos os tratamentos registrados, além de informações da quantidade de óleo recebida e das datas de cada entrega, requere a determinação.
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