Jambo, o juiz da 1ª decisão para uso de maconha contra depressão

Imagem de capa traz uma foto frontal e em primeiro plano do juiz Mário Azevedo Jambo com uma das mãos levantadas e vestindo paletó preto e gravata, com efeitos de filtro de esmaecimento e contraste; o fundo é composto por diversos tipos de desenhos de silhuetas de pessoas, em tons de rosa e roxo, dispostas em fileiras formando um fundo xadrez. Maconha.

Uma das vitórias da cannabis medicinal em 2018 que merece ser comemorada sempre é a decisão do juiz federal Mário Azevedo Jambo, do Rio Grande do Norte, que concedeu salvo-conduto a uma mulher de 59 anos e sua filha para importarem, cultivarem e extraírem o extrato da maconha para o tratamento da depressão. As informações são do OP9.

Dia 31 de outubro de 2018 a Justiça Federal do Rio Grande do Norte deu uma decisão que animou quem precisa cultivar maconha para uso medicinal. E que ecoou por todo o país. Uma sentença que garantiu a uma mulher de 59 anos e a sua filha um salvo-conduto para importação, transporte, cultivo e extração de óleo da cannabis.

A diferença desta sentença para as outras 27 semelhantes foi que ela disse respeito a uma pessoa que usava a planta, seu óleo, para tratar depressão, no caso, a mulher de 59 anos. No despacho, além de julgar o caso sob a ótica do direito à saúde, previsto na Constituição, o juiz classificou como inconstitucional o artigo 28 da Lei nº 11.343, de 2006, que instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas.

Na opinião dele, esse trecho da legislação criminaliza “uma conduta que não lesiona bem jurídico alheio”. O responsável pela sentença inovadora foi o juiz Mário Azevedo Jambo, da 2ª Vara Federal, um ex-bancário que em 2000 resolveu deixar o emprego e tentar concurso para a Justiça Federal. E que não é estreante em inovações judiciais.

Em 2007, foi dele a decisão de condenar uma estudante de direito presa em flagrante com 4,6 quilos de maconha e 20 mil comprimidos de ecstasy a concluir a universidade. Em 2008, foi dele também a sentença que condenou quatro hackers presos por roubo de senhas bancárias a uma pena que consistia em ler Vidas secas, de Graciliano Ramos, e A hora e vez de Augusto Matraga, de Guimarães Rosa.

Em ambas as sentenças, o mesmo entendimento: fazer com que essas pessoas tivessem oportunidade de se recuperar sem ir para o sistema penitenciário. Agora, em 2018, foi dele a inovação que pode representar uma possibilidade de melhora na qualidade de vida para mais de 11 milhões de pessoas que sofrem com depressão no Brasil.

#PraCegoVer: imagem de capa traz uma foto frontal e em primeiro plano do juiz Mário Azevedo Jambo com uma das mãos levantadas e vestindo paletó preto e gravata, com efeitos de filtro de esmaecimento e contraste; o fundo é composto por diversos tipos de desenhos de silhuetas de pessoas, em tons de rosa e roxo, dispostas em fileiras formando um fundo xadrez. Créditos da arte: Keops Ferraz – OP9.

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