Indústria da maconha nos EUA deve chegar a R$ 165 bi até 2026, dizem analistas
O mercado da maconha no país não para de crescer. Nos próximos 10 anos, especialistas da Cowen & Co dizem que ele se expandirá em cerca de 8 vezes seu valor atual. Para eles, a possível votação do uso recreacional da maconha poderá ajudar e muito a aumentar este valor. As informações são d‘O Globo.
A indústria legal da maconha nos Estados Unidos deve crescer para US$ 50 bilhões na próxima década, aumentando mais de oito vezes o seu valor atual – estimado em US$ 6 bilhões —, à medida que fornecedores legais de cannabis conquistam novos clientes e usuários do mercado ilícito, informou um relatório da consultoria Cowen & Co divulgado nesta segunda-feira.
A legalização do uso recreacional da erva na Califórnia, onde a droga já é clinicamente permitida, estará em votação em novembro, e apenas a aprovação dessa medida triplicaria o tamanho da indústria nacional, segundo os analistas. Ao todo, o eleitorado em novo estados votará sobre questões ligadas à maconha em novembro – cinco pela legalização da droga para adultos e quatro para permitir o uso medicinal.
INDÚSTRIA EM EXPANSÃO
A expansão do setor afetará grandes negócios ainda que o atual cenário da concorrência seja predominantemente dominado por pequenas start-ups. Por a planta ainda ser ilegal em âmbito federal, grandes companhias se afastam de envolvimento.
Empresas de tabaco podem responder por cerca de um quinto da indústria da cannabis até 2016, acrescentando mais de 20% à receita, e quase dobrando o crescimento subjacente, apontam os analistas.
Já fabricantes de bebidas, a maconha se mostra mais como inimigo. O consumo de álcool caiu nos últimos cinco anos nos EUA, especialmente entre homens, enquanto o uso da erva aumentou. O número de consumidores de álcool que também usam maconha subiu, e o número de usuários da cannabis que bebem caiu, indica o relatório.
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Para ambos os possíveis vencedores e perdedores, a escala de mudanças futuras é incomum:
“Um taxa de crescimento anual de receita de 10 anos de 24% é difícil de encontrar em bens de consumo básicos, principalmente um com um fim de US$ 50 bilhões”, diz a Cowen.
A cannabis já é autorizada para uso medicional nos estados de Alaska, Colorado, Oregon, Washington e Distrito de Columbia. Já para uso medicinal, a permissão alcança 15 estados. O relatório da Cowen prevê a legalização federal da droga, uma medida que tem mais de 50% do apoio da população americana.
“A proibição da maconha existe há mais de 80 anos, mas a maré certamente está virando”, afirmam os analistas.
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