Grupo Agora! sugere regulação da maconha a presidenciáveis
Grupo em que o apresentador Luciano Huck faz parte prega uma nova política e apresenta 130 propostas. Para combater presídios superlotados e guerra entre traficantes, o grupo aborda a discussão da regulação da maconha para uso adulto. Saiba mais no artigo da Folha de S. Paulo.
Para um cenário de presídios superlotados e guerra entre traficantes, a regulação da maconha para uso adulto. Para um sistema em que “os mais pobres acabam por pagar, proporcionalmente, mais tributos que os ricos”, a regulamentação do imposto sobre grandes fortunas. As propostas são do Agora!, o grupo que prega renovação na política e que tem o apresentador Luciano Huck entre os mais de cem membros.
Quase presidenciável (ele desistiu de vez da disputa em fevereiro), o comunicador e empresário quer que bandeiras discutidas na organização independente e apartidária sejam incorporadas pelos que miram o Planalto. As 130 sugestões, distribuídas em oito setores (como segurança pública, economia, combate às desigualdades, educação, saúde e sustentabilidade), foram pesquisadas nos últimos meses e serão apresentadas aos candidatos.
O trabalho envolveu outros integrantes do Agora!, especialistas em suas áreas, como Melina Risso e Ilona Szabó (segurança), Beto Vasconcelos (políticas públicas e direito) e Patricia Ellen (saúde).
O documento reúne políticas “fundamentais para a construção de um país mais eficiente e justo”, diz Huck à Folha: “A ideia desde a fundação do movimento sempre foi a formação de corpo técnico para a implantação de políticas publicas baseadas nas agendas que estamos discutindo”, diz.
O uso da tecnologia por governos, uma agenda importante para o apresentador, ganhou um capítulo exclusivo. Huck realizou evento em São Paulo há alguns dias para incentivar a aproximação do cidadão e do Estado por meio de novas ferramentas.
Segundo Melina Risso, integrante do Agora! e ex-diretora do Instituto Sou da Paz, muitos temas foram incluídos no documento sem um caráter de imposição, mas como ideias a serem discutidas. É o caso de assuntos mais controversos, como regulação de drogas e taxação dos mais ricos.
“São conversas difíceis, mas que precisam ser feitas. É preciso superar os tabus”, diz ela. Na seara da política de drogas, por exemplo, Melina acha que “ficar perseguindo o usuário na ponta não funciona”.
“A redução da desigualdade é o ponto central”, segue ela, falando sobre o eixo que é consensual no grupo. Outros tópicos geram divergência inclusive internamente, mas houve a decisão de incentivar o debate sobre eles.
O processo incluiu escuta da população (foram mais de 80 reuniões em 21 estados) e consulta a dezenas de especialistas: “A gente busca o tempo todo sair do clima de polarização no país”, diz Melina.
Outra prioridade foi se espelhar em iniciativas já testadas e consideradas bem-sucedidas, no Brasil e no exterior. O conteúdo será levado aos candidatos a presidente, que serão convidados a assinar uma carta-compromisso. Participantes do movimento que concorrerão a cargos públicos em outubro também devem aderir a algumas das pautas em suas plataformas.
O Agora! tem 18 membros disputando vagas em Assembleias Legislativas e no Congresso Nacional, por siglas como Rede, PPS, PSB e Podemos.
“É menos uma proposta para os presidenciáveis, voltada só para a eleição, e mais para o país”, afirma Melina: “São transformações que dependem também de outros Poderes, além do Executivo, e da participação da sociedade.”
#PraCegoVer: imagem (de capa) composta pelas fotos de vários integrantes do movimento Agora! e um banner com o texto “Propostas com soluções para o Brasil Agora! Clique e saiba mais!”.
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