Maconha medicinal mostra eficácia no controle da dor em pacientes com fibromialgia

Flores de maconha alocadas nos compartimentos de uma bandeja de laboratório branca. Fibromialgia.

Segundo o estudo, realizado em Israel, 100% dos pacientes relataram melhora nos sintomas da fibromialgia, principalmente na dor. Pelo menos 50% dos participantes reportaram ter parado de tomar a medicação tradicional após o consumo da cannabis. As informações são da PEBMED.

A fibromialgia é uma síndrome que acomete cerca de 2 a 4% da população com idade entre 18 e 65 anos em todo o mundo. O paciente sente dores por todo o corpo e pode apresentar outros sintomas, como fadiga, insônia, ansiedade, dificuldade de concentração e cefaleia. Por se tratar de uma enfermidade crônica, o tratamento age em torno do controle dos episódios de dor. Para isso, vários recursos são utilizados para atenuar a sensação dolorosa, como terapia farmacológica, exercícios físicos, acupuntura e até a prática de tai chi chuan.

Maconha medicinal x fibromialgia
Pesquisadores israelenses associaram o uso da cannabis medicinal com redução nas dores corporais e em maiores intervalos em que estas se apresentam. A análise foi realizada com dados provenientes de dois centros médicos de Israel especializados no tratamento da fibromialgia. O levantamento foi realizado em 2017 e os resultados foram publicados em agosto de 2018 na edição online do Journal of Clinical Rheumatology.

A pesquisa contou com 26 pacientes, com idade média de 37,8 anos, diagnosticados com fibromialgia há pelo menos 2 a 4 anos na base. Destes, 73% eram mulheres (n=19). Após consentirem com o estudo retrospectivo, os indivíduos responderam a questionários sobre a doença antes e depois do tratamento com maconha medicinal, que durou por volta de 10 a 11 meses. Cada paciente consumiu uma dose média de 8,3 g por mês.

Resultados
Ao final da pesquisa, 100% dos pacientes relataram melhora nos sintomas da fibromialgia em todos os quesitos que constavam no questionário, principalmente no que se referia à dor. Pelo menos 50% dos participantes (n=13) reportaram ter parado de tomar a medicação tradicional após o consumo da cannabis. Em relação aos efeitos adversos, 30% dos pacientes (n=8) sentiram leves efeitos colaterais como dores de cabeça, náuseas, boca seca, sonolência e fome excessiva.

Referências:

HABIB, George, et al. Medical Cannabis for the Treatment of Fibromyalgia. JCR: Journal of Clinical Rheumatology: August 2018 – Volume 24 – Issue 5 – p 255–258. doi: 10.1097/RHU.0000000000000702.

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#PraCegoVer: fotografia (de capa) em ângulo diagonal de flores de maconha alocadas nos compartimentos de uma bandeja de laboratório branca.

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