Ex-presidente do México mira venda de maconha na América Latina

Fotografia em primeiro plano de Vicente Fox vestindo terno de cor escuro e segurando um microfone, enquanto discursa no CannaMéxico 2018; ao fundo pode-se ver parte do logo do evento que traz o desenho de uma folha de maconha ao final, sobre um fundo preto.

A abertura do mercado de maconha medicinal na América Latina atrai os olhares de empresas do norte do continente que se movimentam para garantir sua posição. As informações são da Bloomberg, via BOL.

Vicente Fox, o ex-presidente do México que se tornou ativista da legalização das drogas, vê uma mudança de paradigma na América Latina em um momento em que os governos estão autorizando o uso de maconha e aceitando uma droga antigamente evitada.

Agora, com a abertura de mercados em uma região com mais de 640 milhões de habitantes, Fox quer que a empresa canadense que ele representa forneça a erva.

A Khiron Life Sciences, empresa da qual Fox passou a fazer parte em 2018 como conselheiro e assessor, deverá iniciar vendas em toda a América Latina neste ano, disse Fox. A companhia, que tem sede em Vancouver e já vende produtos na Colômbia, entrará em uma joint venture com a Dixie Brands, que tem sede no Colorado, para comercializar uma linha de produtos medicinais usando maconha cultivada em quatro países da região. O acordo deverá ser anunciado nesta quarta-feira.

“Temos um novo mundo”, disse Fox, presidente de 2000 a 2006, em entrevista na Colômbia, onde a Khiron opera uma instalação de cultivo. “Isto é surpreendente para uma atividade que estava nas mãos de criminosos, da ilegalidade e do submundo. O paradigma mudou completamente.”

As empresas enfrentarão uma forte concorrência. Companhias internacionais do ramo disputam posição na América Latina, onde os governos estão atuando rapidamente para legalizar o uso de cannabis para fins medicinais. Dez governos da América Latina e do Caribe aprovaram leis, e o México, um país de 126 milhões de habitantes, parece estar prestes a legalizar a droga para uso recreativo neste ano, seguindo o exemplo do Uruguai, que o fez no ano passado.

As vendas de maconha medicinal na região podem chegar a US$ 15 bilhões em 2025, segundo uma estimativa da BMO Capital Markets publicada no ano passado. Um estudo da Prohibition Partners, financiado pelo setor e publicado em outubro, concluiu que o mercado deverá superar US$ 12 bilhões em 2028.

Os governos ainda estão estabelecendo leis em vários casos para regular a produção e as vendas de maconha. A Khiron está trabalhando em toda a região, inclusive no Brasil, para se estabelecer em meio à finalização das regulações, disse o presidente Chris Naprawa. A parceria com a Dixie ajudará a Khiron a “conseguir uma vantagem”, disse ele.

Na joint venture com participações divididas igualmente, a Khiron fornecerá o produto e obterá aprovações regulatórias e licenças nos mercados latino-americanos. A Dixie, que vende uma série de produtos com infusão de cannabis nos EUA, fornecerá as fórmulas e marcas, disse o CEO da Dixie, Chuck Smith. Ele preferiu não informar o valor do acordo.

Leia também: América Latina começa a produzir cannabis medicinal, sabonetes e até espaguete canábico

#PraCegoVer: fotografia (de capa) em primeiro plano de Vicente Fox vestindo terno de cor escuro e segurando um microfone, enquanto discursa no CannaMéxico 2018; ao fundo pode-se ver parte do logo do evento que traz o desenho de uma folha de maconha ao final, sobre um fundo preto. Créditos da foto: Alfredo Estrella – AFP.

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