Estudo sobre a maconha avança no caso da epilepsia

Fotografia de um frasco de cor âmbar, com conta-gotas verde, e as pontas dos dedos que o seguram, e, ao fundo, fora de foco, as folhas de várias plantas de maconha.

Grupo de cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte se empenha nas pesquisas sobre o uso da maconha no tratamento da epilepsia, contando apenas com o cultivo doméstico de uma paciente portadora de Parkinson, único caso do estado autorizado pela Justiça. As informações são da Tribuna do Norte.

Os avanços científicos pelo uso de substâncias derivadas da maconha no Rio Grande do Norte dependem de uma plantação particular usada por uma paciente com Parkinson, liberada pela Justiça Federal. Na contramão de países vizinhos, como é o caso do Uruguai, a proibição de plantio para pesquisas científicas retardam descobertas e reverbera preconceitos.

O professor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Cláudio Queiroz, explicou que atualmente o grupo de cientistas avança em relação a pesquisas sobre Epilepsia associadas ao extrato da Cannabis Sativa,  nome científico da maconha.  “O canabidiol vem sendo apontado como uma substância que poderia ser empregada no tratamento das epilepsias de difícil controle, ou seja, as que os pacientes apresentam crise mesmo fazendo uso de vários fármacos consolidados no mundo científico”, explicou Cláudio.

#PraCegoVer: fotografia das mãos de uma pessoa que manuseia uma flor de maconha seca próxima a um pé da planta.

Em fevereiro deste ano, a Justiça Federal determinou que a União, o Estado do Rio Grande do Norte e as prefeituras de Natal e Parnamirim forneçam o “Hemp Oil (RSHO) – Canabidiol (CBD)” a todos os pacientes do estado que comprovem a necessidade de uso por meio de receituário médico. Segundo a decisão, o medicamento deve ser distribuído, ainda que não conste na lista oficial do Ministério da Saúde.

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Há três anos, os produtos derivados da maconha foram prescritos por mais 800 médicos brasileiros. Cada paciente também precisa solicitar liberação à Anvisa para adquirir o medicamento. Nos dias atuais, 4.617 pessoas já têm autorização para importar para uso próprio. Os dados são da Anvisa e foram obtidos via Lei de Acesso à Informação pela Plataforma Brasileira de Política de Drogas (PBPD), uma rede de diversas organizações não-governamentais que discute a questão das drogas.

O processo para conseguir o produto não é simples – é preciso obter uma receita especial com o médico e passar por diversas etapas de autorização da Anvisa para a importação. Com a liberação em mãos, é possível comprar os produtos em sites internacionais e encaminhar a permissão de entrada para a Receita Federal.

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#PraCegoVer: fotografia (de capa) de um frasco com conta-gotas verde e as pontas dos dedos da mão que o segura, em primeiro plano, e várias plantas de maconha ao fundo desfocado.

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