Como são as lojas de maconha em Las Vegas

Aprovada desde novembro do ano passado, a maconha recreativa foi regulamentada em Nevada e, desde o último dia 1º de julho, os dispensários do estado passaram a vender a cannabis também para o uso social, com expectativas de que o número de lojas triplique nos próximos dois anos. As informações são d’O Globo.

Desde o dia 1º de julho último, dispensários de Cannabis em Nevada, onde fica a turística cidade de Las Vegas, vendem maconha recreativamente para qualquer pessoa que seja maior de idade (21 anos nos EUA) – inclusive turistas. O estado autorizou este tipo de uso (o medicinal já era liberado), a partir de um referendo, que aliás foi respondido no mesmo dia em que os eleitores americanos elegiam seu novo presidente, Donald Trump, em 8 de novembro de 2016.

A regulamentação demorou, e só há pouco mais de dois meses que os locais antes só podiam liberar a compra com receita médica passaram a vender também a cannabis recreativa – daí vem o nome ‘dispensário’. Talvez até por conta disso, os locais mais pareçam farmácias do que, por exemplo, um coffee shop como os da Holanda.

E há muita diferença, inclusive legal. Em Nevada, é proibido fumar em locais públicos e fechados. Ou seja: só dá para consumir em casa, o que dificulta a vida do turista já que, como a maconha continua ilegal em nível federal, os famosos hotéis de Las Vegas, apesar de liberarem o uso do tabaco, não permitem a cannabis em seus cassinos, quartos e áreas ao ar livre.

Não que a experiência de conhecer os dispensários não valha a pena. Os locais, por fora, mais parecem supermercados cercados por um estacionamento. Lá dentro, paredes brancas e vendedores com luvas explicam o efeito de cada muda, além da procedência e de como manuseá-la. A primeira pergunta do funcionário é sempre se o cliente está usando a erva pela primeira vez. Caso ele necessite de ajuda, as dicas vão desde a melhor forma de fumar ou inalar o produto até técnicas para enrolar um cigarro.

Um grama sai, em média, a US$ 15, com o preço variando de R$ 8 a R$ 45. A maioria dos dispensários só aceita papel moeda, sendo que muitos têm, lá dentro, um caixa eletrônico para o cliente trocar seu dinheiro.

Além da erva em si, os dispensários vendem chocolates, doces, entre outros itens em que ela é a matéria-prima. Também vendem acessórios para seu uso. Na nota fiscal da compra, fica exposto não apenas o valor e o imposto que foi pago, mas a quantidade exata de cada composto químico da cannabis escolhida pelo cliente.

Trinta e sete dispensários abriram no primeiro dia de venda recreativa, e as filas que se formaram nos estabelecimentos animaram o governo, os usuários e os empresários que têm planos para expandir suas lojas. Muitos, como a Essence Cannabis, já têm programa de fidelidade.

Mudas expostas no dispensário The Source, em Las Vegas – AP Photo/John Locher

O estado de Nevada esperava angariar até US$ 60 milhões em impostos com a venda da maconha no primeiro ano e a expectativa é de que o número de dispensários triplique nos próximos dois anos.

São oito os estados nos EUA que tem maconha liberada para uso recreativo, além de Nevada: Califórnia, Massachusetts, Maine, Colorado, Flórida, Arkansas, Montana e Dakota do Norte. Outros quinze liberaram a erva para uso medicinal.

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