Bolsonaro pede afastamento de professor que tem tatuagem da maconha

Fotografia mostra o professor Pedro Mara com a mão apoiada em um gradil, onde vemos a tatuagem da folha de maconha na parte interna de seu antebraço. Acusado.

Além de professor, Pedro Mara é também diretor da escola onde trabalha e está sendo discriminado pela sua tatuagem, mesmo após o STF ter pacificado o assunto quanto à liberdade de expressão. O Jornal O Dia foi buscar respostas.

Pela lei, fumar maconha é ilegal. Mas tatuar a erva em local visível no próprio corpo também fere a legislação? O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSC) acionará o Ministério Público do Rio e a Secretaria Estadual de Educação para pedir o afastamento do professor Pedro Mara da escola em que atua. Diz que o docente, que leciona Sociologia e é também diretor do Ciep 210, em Belford Roxo, faz apologia ao uso de drogas.

“Um professor é referência para os estudantes. Quando tem uma folha de maconha tatuada no antebraço, influencia os alunos a usar drogas. Ressalto que ele dá aula para menores de 18 anos”, diz Bolsonaro.

Resposta

Mara, de 29 anos, rebate as críticas: “Desconheço relação de tatuagem com apologia. Tenho tatuagem e milito na Marcha da Maconha. Promovo debates. Quando fala da minha tatuagem, o Bolsonaro joga uma cortina de fumaça nos reais problemas do ensino público do Rio. Fui eleito pela comunidade escolar com 408 votos para ser diretor.”

Política

O embate entre o deputado e o professor tem ainda um viés político: Mara critica e milita contra o ‘Escola sem partido’, defendido pelo clã Bolsonaro. O docente também apoiou a ocupação de escolas por alunos e participou de atos promovidos pelo Psol, legenda de esquerda com ideais totalmente opostos aos de Bolsonaro.

Leia também:

Liberdade à estampa da maconha

Deixe seu comentário
Assine a nossa newsletter e receba as melhores matérias diretamente no seu email!